Quem tem ido ao supermercado, já teve a impressão de que cada vez mais os produtos têm encolhido? Pois não é só impressão. Isso tem acontecido já de uns anos para cá, e durante esta pandemia, algumas marcas estão aproveitando para reduzir ainda mais o conteúdo das suas embalagens. São os efeitos da crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus que chegaram às prateleiras dos mercados, reduzindo o peso de embalagens com alimentos, guloseimas, produtos de limpeza e de higiene.
A diminuição, no entanto, não reflete nos preços.
A nova onda de “encolhimento” chamou a atenção da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que notificou grandes fabricantes, associações das indústrias de alimentos, de limpeza e higiene e de supermercados a prestarem esclarecimentos esta semana.
“A redução de peso não é ilegal. No entanto, é preciso que a embalagem traga essa informação em destaque para que o consumidor não seja induzido a erro. Caso a informação não esteja adequada, os fabricantes terão que retificar as embalagens e poderão ser aplicadas punições”, explicou Juliana Domingues, diretora do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, órgão da Senacon.
Ela lembra que a Portaria 81, de 2002, do Ministério da Justiça, determina que a informação de mudança de peso deve ser feita com destaque na embalagem por período mínimo de três meses. “Ao se deparar com letras miúdas o consumidor deve reclamar no consumidor.gov.br ou aos Procons”, orientou.
Para a economista Ione Amorim, do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), a única forma de interromper essa prática é com a mobilização do consumidor. “A lei não impede, é fato, mas é um abuso. E a única forma de interromper essa prática é o consumidor constranger as empresas, expondo suas marcas”, disse ela.
Essa semana comprei um chocolate em Barra e achei um abuso a diminuição no peso, não sei quanto tempo faz que reduziram as quantidades mas com certeza farei uma reclamação no SAC da empresa