Moradora do Vale Verde, Thabata Castro Cortina soube em 2017 que seu filho Henrique, com dois anos de idade na época, foi diagnosticado com TEA (Transtorno do Espectro Autista). A partir de então ela se viu em uma situação totalmente fora do seu conhecimento, quando não conseguiu o tratamento adequado através do convênio médico. Este problema acontece com muitas mães que têm filhos diagnosticados com TEA, que acabam precisando recorrer à Justiça.

Em entrevista ao Jornal de Valinhos, Thabata conta que recebeu o encaminhamento para o tratamento do distúrbio com a ABA (Análise do Comportamento Aplicada), porém nenhuma clínica era credenciada ao plano de saúde da família.

Thabata então entrou com uma ação com pedido de Liminar e após pouco mais de dois meses, conseguiu o tratamento para o filho pelo convênio. Desde então, Henrique, agora com 5 anos, realiza o tratamento diário.

Thabata conta que a terapia foi essencial para o desenvolvimento do filho. “A ABA mudou a vida do Henrique. Hoje ele é outra criança, parece que ele renasceu. Ele ficava muito nervoso pelo fato de não conseguir se comunicar”, contou.

A advogada especialista em direito à saúde, Débora Lubke, lamenta que “pacientes que necessitam de tratamento precisem ingressar com uma ‘Ação de Obrigação de Fazer’, para terem seu direito garantido pela Justiça. Hoje em dia, esse tem sido o único meio de garantir o acesso dos autistas a um tratamento de qualidade”.

Segundo a mestre em ABA, Renata Michel, a falta de tratamento ou interrupção pode trazer graves consequências.  “Os riscos envolvem desde a regressão ou perda de habilidades aprendidas e o surgimento de comportamentos inadequados, que impossibilitam a integração social e independência do mesmo. É algo muito sério.”

Thabata Cortina com seu filho Henrique, diagnosticado com TEA

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