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Vítima de acidente em fábrica de Vinhedo, valinhense ficou 22 dias em coma

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Valdemir com a esposa e os filhos na primeira foto ao chegar em casa depois da alta médica

Valdemir com a esposa e os filhos na primeira foto ao chegar em casa depois da alta médica

Entre as 12 vítimas da explosão que atingiu uma fábrica de fitas e adesivos de Vinhedo, no dia 25 de janeiro último, havia moradores de Valinhos, entre eles o valinhense Valdemir Carvalho Ramos, 51 anos (na foto ao lado esposa e filhos), funcionário da empresa há 31 anos. Em entrevista ao Jornal de Valinhos, ele revelou que ficou 42 dias internado lutando pela vida no Hospital Pitangueiras, em Jundiaí, sendo 22 deles na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por conta das queimaduras que sofreu no rosto, braços e pulmão (ele inalou fumaça quente e tóxica).

Em processo de recuperação, Valdemir teve alta no último dia 13, para alegria da esposa Orminda Scarpa Ramos, dos filhos João Pedro, 21 anos e Lucas, 26 anos, demais familiares e amigos.

Morador do Residencial Santa Maria, região do Jardim São Marcos, Valdemir é coordenador de produção responsável por três setores da empresa, incluindo a área onde houve o acidente. “Eu fui avisado sobre o vazamento [de solvente] e fui supervisionar. Assim que cheguei no setor ocorreu o acidente. Na hora eu saí, mas voltei para ajudar a salvar os colegas de trabalho, quando me queimei e inalei muita fumaça quente”.

Valdemir foi levado consciente para a Santa Casa de Vinhedo e, ao passar por exames, precisou ser conduzido para a UTI.

No dia seguinte ao acidente, Valdemir, já em coma induzido, foi transferido para o hospital de Jundiaí, que tem suporte necessário para queimados. “Nesse período no hospital tive que fazer hemodiálise, pois meu rim já não estava mais suportando. Depois que recobrei minha consciência e saí da UTI, me disseram que foi um milagre eu ter me salvado”.

Valdemir ainda explicou ao JV que tem realizado fisioterapia para melhorar a respiração e fortalecer os músculos e que não tem prazo para voltar a trabalhar. “Estou ainda passando por psicólogo. A empresa tem me dado todo o suporte”, disse ele, finalizando que é muito grato a Deus, à família e amigos por sua recuperação. “Fizeram uma corrente de oração. Agradeço a Deus pelo meu livramento. Meus filhos e meus irmãos achavam que eu não voltava mais para casa. Deus esteve do meu lado, me olhando. E minha família tem sido um remédio para a minha cura”.

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