Banca de revistas e jornais do Devair sobrevive há 42 anos no Vera Cruz em Valinhos

A banca está instalada na esquina da Avenida Dom Nery, no bairro Vera Cruz, onde Devair toca seu antigo negócio com a mulher, Tereza. 

Para sobreviver ao furacão da tecnologia virtual, Devair apostou na diversificação. A banca que já foi de jornais e revistas hoje vende brinquedos e outros produtos. 

Na máxima de se não pode vencê-los, junte-se a eles, Devair criou um anexo na banca onde comercializa produtos de informática e tecnologia. 

Os jornais e revistas, que já foram estrelas da banca, hoje representam 20% das vendas, para um público das antigas. Da geração do impresso, só os gibis e revistas de palavras cruzadas ainda têm bastante saída. 

Devair conta que cresceu em uma distribuidora de jornais, daí seu apego ao ofício. “Comecei a trabalhar com jornais aos 12 anos e não parei mais”, lembra. 

Nos bons tempos da comunicação impressa, quando a banca tinha só jornais e revistas, Devair vendia principalmente jornais de Valinhos, revistas de receitas para senhoras e títulos como Veja, Quatro Rodas, Contigo e Caras. 

O jornaleiro conta que tudo mudou há dez anos, com o avanço da tecnologia. Ele afirma que o mais difícil não é se adaptar aos novos tempos, mas perceber que a leitura deixou de fazer parte da vida das pessoas.