
Levantamento feito por este Jornal de Valinhos com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, mostram que Valinhos é uma das cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) que mais sofreu com a pandemia da covid-19 (novo coronavírus) no quadro de empregos.
De janeiro a maio deste ano, a cidade fechou 3.218 postos de trabalho formais (com carteira assinada), ficando na 2ª colocação das que mais encerraram vagas de empregos na RMC. A liderança no fechamento de postos é de Campinas, que totaliza menos 14.499 postos de trabalho fechados até maio.
Conforme os dados do Cadeg, até fevereiro, antes dos registros de casos de covid-19 no Brasil, Valinhos havia gerado um saldo de 75 vagas de empregos.
Em março, quando começaram a surgir os primeiros casos e se iniciou a quarentena, os principais setores da economia valinhense começaram a dispensar trabalhadores, levando a cidade a fechar 232 empregos. O setor de serviços, um dos principais geradores de vagas na cidade, puxou os números para baixo ao encerrar 108 vagas.
Nos dois meses que se sucederam, conforme os dados do Caged, o quadro se agravou ainda mais com o fechamento de 1.046 vagas em abril e 2.035 vagas em maio.
Do total de 3.238 vagas fechadas em Valinhos, somente o setor de serviços corresponde a 85,2% delas (2.759 postos), seguido da indústria, com 8,3% (271 postos) e o comércio, com 7,5 (243 postos), e agropecuária, com menos 2 postos de trabalho.
O único setor que apresentou quadro positivo de contratações na cidade nos últimos cinco meses foi a construção civil, que abriu 37 vagas de trabalho durante a pandemia de coronavírus.
REGIÃO
Além de Campinas e Valinhos, as cidades que estão sofrendo impactos nos postos de trabalho são Americana (menos 3.072 vagas), Indaiatuba (menos 1.913 vagas) e Sumaré (menos 1.809 vagas). Já Já Vinhedo teve o fechamento de 685 postos de trabalho. A única cidade a manter números positivos na RMC foi Artur Nogueira, com 5 empregos gerados.